quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cap. 4 Revelações.






Estava eu andando então pelas ruas vazias. Vi as casas com o símbolo da dinastia dos deuses, além do deslumbre sangue jorrado na porta de cada um dali presente. Era estranho o costume de adoração aos deuses.

Ouvi enquanto estava por ali que esse costume era para os deuses passarem e lembrarem deles, porém não era só esse tipo de costume que deslumbraria até a memória do ser mais terrível existente.

As janelas e portas deviam ficar fechadas quando os deuses comemoravam algo e quando outros passavam, o ar dos deuses não podia ser ‘contaminado’ pelo deles. Cada casa quem estivera nela devia beber da água que lhe cabia até a festa acabar. Ninguém podia perambular pelas ruas, pois era só os deuses que passavam por esta. Eu tive pena daqueles seres.

Eu não estava apta para questionar tal rudez, meus olhos fitavam o horizonte enquanto eu ia mais uma vez encontrar-me com Kalleby. Ele pedira para encontrar comigo na lagoa perto de um campo de trigo.

-Sabes então o que irá acontecer? –Ele perguntou fitando a lagoa, deslumbre brilho emanava de seu ser, sentia eu naquele estante a tristeza solicita e amarga vibrando envolvente nos ombros de Kalleby.

-Sei, Mirian já me contara.

-Sabes também o erro que cometi? Não sou um anjo a quem devo ser solicito, serei apagado das lembranças da dinastia, breve. A idéia perambula em minha mente como estacas a serem enfiadas em minha alma. Logo descobrirão.

-Eu sei, porém Mirian te ama e quer viver com vc.

-Eu também a amo, mas serei punido por isso. Logo o ser existente de nosso amor aparecerá e eu serei punido. Kandra já deve saber.

-Se a amas...

-Eu a amo...

O silencio pairou sobre nossa conversa vazia. Deslumbre conversa sem sentido, porém nostálgica.

-Dalquiel disse- me solicitamente que Kandra virá em minha busca amanhã. Para Mirian ela viria ontem, ela não tem noticias de mim desde ontem.

-Sim.-Disse olhando a relva vazia.

-Ele também está descumprindo algumas regras, posso assim dizer, mas não fora tão grave quanto a minha.

-Te culpas demais. –Disse tocando- lhe, ele me fitou como se fosse a última vez que faria isso.

-Posso lhe pedir um favor?- Ele perguntou, os olhos opacos tentando engolir o que diria a mim.

-Sim. –Disse apertando os lábios. Eu já sabia.

-Roubarás o meu corpo e enterrarás. Quero poder viver novamente.

-Estarei aguardando eternamente para isso.- Uma lágrima estúpida tentou sair de meus olhos limpei-a.

Ele me fitou.





continua no cap. 5

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