quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um conto por canto.

Usar-me-ei desse instrumento que me foi proporcionado para com disposição singela colocar minhas ideias, talvez apaziguadoras, sobre o que imagino disso tudo.

É visível que estou atrapalhando as postagens das poucas memórias que deixo ser vistas por todos, mas é necessário a criação desse post., pois sem igual de nada me valeria o uso de palavras rebuscadas que, embora ousem a mente de muitos, percebam só, ajudará muitos a entender o que faço aqui.

Há muitas coisas que estão acontecendo em todos os lugares que olharmos. Vejo isso resplandecendo no suor de humanos, no rosto de seres místicos, na carência dos deuses. Estamos todos escolhendo lados opostos.

Ao meu entender, o sangue que jorra pelas minhas mãos tem um sentido nato,visto por todos em minhas memórias, em minhas dores e em meus motivos. Aquém veria algum motivo para que lados opostos ao meu estejam entrando em uma guerra que não tem um sentido correspondente ao que essa pessoa é?

Ouso dizer que em reciprocidade com os meios há muitas guerras sendo causadas por pessoas que poderiam estar ao meu lado com objetivos iguais. Precisa-se unir forças mais do que nunca para haver paz e vencer.

Peço isso a voces. Isso explica que certa pessoa não consiga seguir para Viva e explica também os transtornos que muitos vem passando em sua caminhada. Veres, por exemplo, que seu mundo perfeito cai por terra como chuva que cai das nuvens? Veres, por exemplo, como tudo a sua volta tem repercutindo contra ti? Por acaso ousas uma resposta?
Eu acho que não.

Ainda tem-se chances de vir para cá. Impor alguns de seus desejos e seguir pelo mesmo caminho. Há talvez pessoas que não acreditem que outras podem mudar, porém eu ainda assim espero esta por qualquer mal que eu tenha causado em sua reencarnação e que mal isso repercuti nesta pessoa.

Não comentemos sobre isso. Qualquer duvida ou respostas que eu precise responder virei outras vezes para o mesmo fazer. Por enquanto pensem no que ainda tem resposta.

Lilith.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cap. 24: Masculino ou feminino? Eis a questão.




Foi um pouco complicado para Killua me ver em disfarce de garoto. Eu estava tão acostumada a estar sempre me disfarçando que já não achava estranho aquilo, mas Killua me olhava toda hora para ter certeza de que era eu e não algum outro ser estranho.

-Já escolheu o seu nome?- Ele me perguntou e eu pensei um pouco confusa... Quais seriam as minhas chances de usar Alluka alguma vez na vida.

-Nome para...?

-Você está disfarçada! Quer dizer Disfarçado...Não...Disfarçada do modo geral...Ou disfarçado se quiser...Mas...Ah! Você entendeu! Isso tudo está me confundindo! Entao como voce está disfarçada... de disfarçado...ah! Você entende que precisa de um nome para esse disfarce!!

-Sei não...Alluka parece um ótimo nome masculino!- Conclui com um sorriso no rosto. Ele ainda não estava satisfeito com a minha escolha.

-Masculino? ONDE ALLUKA É MASCULINO???-Gritou Killua.

-ué, masculino. Imponente para uma criança...Aliás, bem nome para assassinos e eu sou uma assassina...então eu sou imponente!

- ¬ ¬ Ainda não entendo onde entra o masculino nisso tudo...

Killua as vezes dava uma de lerdo que não consigo imaginar como as pessoas o aguentam.

-aFF! Pior que voce só dois do mesmo!-murmurei um pouco pensativa.

-Como?

-Deixa Killua!- E como sempre ele nunca deixa de ser lerdo para pensar.

-Já escolheu um nome? Escolheu? Escolheu?- Ele perguntou me enchendo a paciencia. Se eu tivesse menos paciencia do que tenho agora estaria acabando com todos os ossos de Killua e amaria ver minha mãe sofrendo. Acabei com essa briga:

-Lá eu escolho.

Mas como eu sabia que isso nao ia acabar... Nunca acabaria! Ainda acho tentadora a ideologia de deixar Killua sem um braço ou uma perna!

-Onde já se viu! De onde voce viu que Alluka é masculino?

-Deixa eu ver...-O olhei tentando imitá-lo- Da minha consciencia!

-E o que a SUA CONSCIENCIA tem haver com o SEU NOME?

Tentei não rir de sua pergunta.

-Ela que rege as nossas vidas.- E parecia que a dele não estava funcionando naquele exato momento.

-E o que isso tem haver com o SEU NOME?

-NÃO SEI! ELE ME DIZ QUE ALLUKA É MASCULINO!

-Tá bom, não grite! ¬¬ -Ele disse.

E seguimos rumo a York Shin. Entramos na cidade com o sol iluminando a manhã, mas um dia de grande calor escaldante porém iluminando nossa caminhada rumo a torre do céu. Killua como sempre dislumbrando a vista que tinha.

-Agora eu sei por que a chamam de torre do céu!-Ele disse entusiasmado.

-Percebeu agora?- Perguntei enchendo lhe a paciencia como ele vinha fazendo a viagem toda comigo.

-NÃO!-Ele gritou nervoso.

-Então...Vamos entrar ou a garotinha prefere ficar olhando a bela vista que tem? Olha que ótima paisagem...As nuvens cortando o céu...-Disse rindo um pouco.

-Cala a boca!Vamos nessa! -Ele disse rabugento seguindo para a torre.

Entramos e novamente era perceptível as reações de Killua. Ele estava tão perdido nos pensamentos que acho que não percebeu quando o puxei para a fila.

-E aí qual vai ser o nome? -Ele me perguntou.

-Alluka.-Disse sorrindo.

- Afe! Eu já disse que esse nome é de mulher!!

- E eu já disse que eu acho que não!

Aquela conversa me enchia a paciencia. Alluka feminino, Alluka masculino! Ora, conversa vai e conversa vem. Melhor perguntar.

Cutuquei a pessoa mais perto. O cara na minha frente.

-Com licença...Queria lhe fazer uma pergunta...-Disse lembrando de ser que estava como criança.

-Fale criança!

-Voce acha que Alluka é um nome masculino ou feminino?

Silencio. Ele estava pensando e eu sabia a resposta que ele ia dar. Logo ele tentou responder de forma apaziguadora, dizendo...



-

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cap. 23:A garotinha de tanto tempo...Narrado por alluka




A história incomodava o mais profundo de meu ser. A angustia a tomar conta de meu ser toda vez que eu lembrava daquela garota...

Killua me olhava esperando que eu contasse para ele. Respirei fundo e pus-me a contar:


- Um dia, fui incubida de matar uma pequena família, um casal e três filhos, que morava numa província no sudoeste de York Shin.
Era uma noite nublada de lua cheia, sem estrelas. Era uma pequena casa de madeira com janelas abertas para ventilar. Peguei uma espada que decorava a sala e subi as escadas para matar a família. Todos durmiam profundamente em seus quartos. Fui para o quarto do casal. Dormiam abraçados como se já soubesem. Os matei decapitando suas cabeças enquanto durmiam.

“Depois disso, aproveitando que todos dormiam, fui me purificar rapidamente, como o costume. A porta do quarto se abre. Me escondi nas sombra dos móveis. Era uma das filhas. Estava chorando, pois teve algum pesadelo. Sua camisola surrada estava molhada com as lágrimas, seu ursinho sujo arrastava-se no chão a cada passo que dava. Ela viu o sangue dos pais a escorrer da cama. Correu para acudi-los. Começou a chorar mais alto. ‘Papai! Mamãe! Fala comigo! Diga que é só um sonho mau!’. Gritava. Não sei como seus irmãos não acordaram. Aproximei-me para acabar com aquilo. Ora, eu apenas iria acabar com o sofrimento da pobre garotinha."

Killua prestava atenção como se aquilo dependesse de sua vida. Fitei-o e continuei:

“Ela percebeu minha presença e se virou. Ela se ajoelhou perante a mim. Seu cabelo castanho claro desgranhado e seus olhos negros e suplicantes. Pedia-me... Não! Implorava-me para salvar seus pais. Fiquei sem reação. Seus olhos negros eram lindos! Puros. Inocentes. Mas eu tinha um dever a cumprir. Então, ergui a espada e a matei.



“Depois disso, alguma força me puxou à janela. Vi o céu. Uma estrela cadente cortou o céu escuro sem luz. Sem estrelas. Virei a cara e vi de novo o rosto da garotinha. Seus olhos arregalados, boca aberta, escorria seu sangue por aquela colcha já manchada de vermelho. Mas seus olhos cintilavam mais forte, como se fosse o brilho daquela estrela que cortou o céu. Embora as lágrimas da garotinha, seus olhos estavam brilhando, brilhando... até que o brilho acabou. Seus olhos escureceram sem aviso. Ficaram negros e opacos. Viraram aquela noite. Onde ela e seus pais morreram."

Fitei a sua reação. Ele estava estagnado. Ele era muito pequeno e inocente para entender um pouco que fosse de minha vida, porém ainda assim me sentia confortável e terminei a sentença:

“Eu nunca tive um pai para chamar de meu, ou uma mãe que ficasse sempre por perto... Não sei se esse mito é verdade porque não tive ninguém que os contasse para mim para me fazer dormir e que me fizesse acreditar...”

Semicerrei os punhos. Odiava lembrar do que sempre estava em meus olhos, o que tivera que me acostumar. Aquela ideologia de pais sempre ao seu lado te contando mitos infantis ou coisas que fizessem lhe amenizar a morte nunca usadas para comigo. A verdade é que eu nunca saberia ao exato como é morrer. Se morrer é padecer no inferno, já tenho certeza que estou morta, o que não deixa de ser verdade. Eu nunca saberei como morrer de verdade e nunca terei alguém triste por me ver morrer. Eu não me importava.

Quando o olhei ele novamente parecia querer se borrar. Seus olhos partindo de mim para as estrelas como se fossemos de outro lugar...

Me deitei para ouvir as perguntas fúteis que Killua ia começar a fazer.

- Você não sabe quem é seu pai?


- Ela nunca me contou.


- Você quer descobrir?


- Não sei se devo...

Pus-me a fitar o céu. Por um instante percebi que Killua reclamava por dentro daquela sopa com um gosto horrível. Fitei ainda assim as estrelas. Eu nunca saberia se as pessoas ao morrerem virariam estrelas. Se cada pessoa que eu matasse virasse estrela eu não saberia como reagir.Todos tão brilhantes e perfeitos. Tinha os matado sem dó.

-Como é que você vai entrar na torre se lá não aceitam mulheres? Já arranjou disfarce?- Ele perguntou tão inocente como sempre. Ri de sua inocencia.

-Hein??

Apontei a mochila encostada numa árvore ali perto e ele ficou a olhar como se tentasse entender.

-Boa noite Killua.-Disse e me virei. Não queria olhar para o Killua enquanto pensava naquela garotinha e em sua morte...
As coisas nunca tinham sido como eu queria... Naquele momento fora a segunda vez que eu tinha pena de alguém .A única diferença era que eu tinha matado esta.Só.

Estava tudo acabado....

-Boa noite- Ele disse se deitando.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cap. 22: Tempos atrás. [narrado por Alluka.]




Fiquei de encontrar com Killua em uma montanha ao norte. Nada muito agradável assim por dizer. Ele era tão lerdo que demorou quase que o dia todo para achar o acampamento. Reclamando como sempre pôs se a gritar:

-FINALMENTE! Não sinto minhas pernas!

-Eu disse para você que era ao norte.- Murmurei mexendo na fogueira que parecia não estar aquecendo o corpo do insolente.

Se não bastasse não ter achado o caminho, ele continuou usando de suas últimas forças para reclamar:

-Ei! Você não falou nada que seria tão longe assim!-Naquele momento tudo se juntava para dar forças a Killua para TENTAR gritar comigo.

Há muito tempo não encontrava alguém que reclamava muito de tudo. Dessa forma, taquei –lhe o que parecia ser uma comida enlatada, não me preocupei se ele estivesse por acaso bebendo pasta de dente , junto de uma colher.

-Tome. Você deve estar com fome.- Disse e ele estava um pouco ...indeciso.

-Como eu abro “isto”? –Ele começou a tentar achar algo eu mostrasse como a maioria das coisas fabricadas algo parecido com “abra aqui”. Era hilariante essa idéia.

-Use suas unhas! Ela serviram para arrancar os olhos de Kikyo, então imagino que essa latinha... Será fácil...

-Por que você não a chama de mãe? –Ele perguntou inocentemente e eu tive que me segurar para naquele momento não arrancar órgão por órgão, tecido por tecido do corpo de Killua.

-Mirian...Kikyo ...para mim ela nunca foi uma mãe.- Disse com toda o ódio que emanava de meu ser. Era lógico que ela já sabia daquilo. Preferi apenas mostrar isso para Killua.

-Por quê?- Perguntou ele curioso para que eu continuasse. A verdade era que eu também não me sentia mal em continuar.

-Sabia que antes de eu vir para cá minha antiga família era de assassinos? –Killua abriu os olhos assustados.

-Não!

-Não é tão conhecida como a sua, mas ainda sim eram todos assassinos. Se auto denominavam-se assassinos das sombras, por sempre matarem à noite.

- Hum...

- Então, desde quando eu tinha 1 ano, começaram a me treinar fervorosamente. E se eu errasse podia ter castigos piores de seu pai aplica em você.

- Por isso que você é a mais adequada quando pedem a fazer esforços considerados sobre-humanos... –Diss e ele pensativo tentando tirar conclusões daquilo tudo.

- Isso. Quando tinha 2 anos, ela foi embora, me deixando lá para treinar. Só a via de vez em quando... mas sempre longe da família. Nesse tempo, comecei a fazer minhas encomendas de morte. Sempre à noite. Sozinha... Nunca tive amigos... Só o nada.-Fitei Killua. Tudo que enfrentara contando minuciosamente para ele.

-Irmãos? –Ele perguntou como se irmãos valessem mais do que qualquer coisa.Ri.

-Adotados. Todos compartilhando apenas o mesmo desejo...

-Qual? –Pergunta Killua me cortando como sempre.

-Massacre.

Os olhos de Killua pularam pela órbita. Perplexo ele tentava não se borrar. Era patético.

- E o seu pai? O que ele pensava?

- Você quis dizer o patriarca da família... Sim! Era de acordo.

- Ele não era seu pai?

- Ela só foi para lá para me parir, para que eu tivesse uma “família” e não o relento. Depois, fugiu. Por isso que não a chamo de mãe.

- Hum... E você? O que pensava?

Olhei o fogo sem foco. Não havia muitas respostas além das mesmas que eu falava e tentava me convencer todos os dias. Havia várias perguntas além também daquelas que rondavam minha cabeça. Me encolhi. Killua nunca entenderia tudo que um dia eu sofrera ou pensara. Tudo fazia parte dos meus problemas e de minhas perguntas.

Fitei o céu tentando não parecer que estava abalada comigo mesma e tentei ainda assim compartilhar minhas dores com Killua.

-Sabe, ás vezes penso se aqueles mitos que os pais geralmente contam aos seus filhos são verdade. Como, por exemplo, o mito de que pessoas ao morrerem viram estrelas.

Lembrei então de uma das coisas que mais me incomodava naqueles últimos tempos.

-Conte Alluka.- Ele pediu.

Olhei o céu e as estrelas a iluminar aquela noite enquanto lembrava daquela noite sombria e fria, enquanto contava minhas dores naquele tempo àquele que provavelmente nunca me entenderia..

E então eu lembrei...

Cap. 21: Uma "nova" informante.





E dessa vez eu tinha certeza de que nada estaria dando certo se Alluka não colaborasse. Uma gota de suor escorreu pelo meu rosto e eu limpei enquanto tentava aparecer agradável.


-Vc está bem mãe?- Perguntou Killua em seu aspecto gentil.


-Claro. Tenho que ir.- Fugi para o meu quarto enquanto havia chances. Depositei meu corpo sobre a cama enquanto sentia as lágrimas rondando a minha face. Aquela face que mudava mais do que as pessoas mudam roupa e muito mais do que poderia aguentar.


-Fala sério! Vai me dizer que a fofinha está chorando? -Olhei Alluka raivosa. Eu não estava em um dia muito bom.


-Fale logo Alluka! -Gritei e ela riu um pouco, os olhos ficaram vermelhos.


-Aquela missão idiota foi feita. Não me venha com nenhum mais de seus problemas, se lembra também vivo.


Ri. Olhei seus olhos um pouco misteriosos.


-Vive? Alluka, já nascestes como uma morta viva. Vc nunca vai viver de verdade. -Ri ao pensar daquela forma, pelo menos Alluka para me fazer rir. Embora ela não tenha achado graça e da mesma forma tenha pressionado os punhos.


-Não sabe com quem falas "mamãe"- Ela disse com desdém.


-Nem vc minha "filha". Minha querida "filhinha"- Pisquei lhe e ela raivosa me olhou.


-Deixe me adivinhar... Vc que deu a ideia contagiante desse nova missão? -Disse ela lendo a minha mente.


-Não mesmo minha querida. Por que eu faria isso?-Ri e olhei ao longe da janela.


-Ainda quero entender. Ainda preciso entender. -Alluka fitou o longe e desapareceu.


De ali em diante Alluka seria minha mais preciosa informante.



"A única razão de sua existencia é apenas para me seguir e ser herdeira. A razão de várias existencias humanas e mágicas é para mera ocupação do espaço geográfico. De qualquer forma tudo não deixa de ser mediocre." [Thilith/Lilith]

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cap. 20 : Há mais mágoas do que se imagina.




Alluka pousou a espada na mesa sem nenhuma gota de suor no rosto. Seus olhos voaram para Silva e ela tentou fingir que tinha machucado o joelho. Silva sorriu e disse para ela continuar treinando. Embora estivesse pouco visível eu via também aquele que era realmente o meu amado treinado por Silva. Eu fingia que não via, porém aquilo me fazia lembrar de como Kalleby estava antes de morrer.

-Acharia interessante que todos pudessem jantar juntos essa noite. -Murmurei no ouvido de Silva e ele concordou. Seu sorriso nem um pouco agradável admirou sua, ou melhor, nossa filha mais velha que estava se saindo bem. Alluka deixava isso acontecer. Ela sabia de suas condições ali. Ela sabia o limite embora não gostasse muito deste.

Alluka me acompanhou até um quarto no porão naquele dia para conversamos.

-Eu odeio essa casa e todos aqui! Por que eu tenho que agir como se fosse uma mera humana imbecil? Por que eu tenho que aguentar aquele hipócrita e por que eu tenho que aguentar o Killua??- Meu sorriso fechou-se na mesma hora que ela disse aquilo. Ele estava nos vigiando e ela sabia disso.


-Olhe como fala de seu irmão Alluka! Todos aqui são ótimas pessoas!- Murmurei cínica e Killua abriu a porta.


-Mamãe?- Disse o albino tão pequeno e frágil que me dava arrepios.


-Sim killua.- murmurei gentilmente.


-Posso entrar?- Perguntou ele e Alluka bufou.


-Entra logo. Já não perguntou? Entre!- Eu percebi que Alluka também reclamava já que não podia se alimentar já que ali as paredes tinham olhos. Eu tinha certeza. E via isso em sua cabeça. Ela sonhava com sangue e com coisas piores. Ela caia na isca que eu tinha armado para ela. Ela realmente se jogava de cabeça.


-Sai daqui!- Disse Killua fazendo manha e se aproximando de minhas pernas.


Alluka não estava de bom humor.


-Claro que saio Killua. Com todo o prazer. Realmente me fez um favor.- Alluka desaparece em segundos apenas e killua parecia transtornado. Eu sabia.


-Venha. Vamos ver como todos estão.


Ele sorriu sabendo que ganharia um doce.


Olhei o longe. Alluka tinha ido se alimentar, porém voltaria. Ela voltaria apenas para planos. E planos que não eram meus e sim de Silva. Aquele que ela mais odiava.





"Lembre-se de seus caprichos quando quiser fazer algo direito. Eles lhe valeram a inteligência e acima de tudo o seu poder." [Lilith]

domingo, 11 de julho de 2010

Cap. 19: Diversão.





"Era uma vez uma pequena alma pertubada...Sabe de quem estou falando não é mesmo Alluka?"

Alluka bufou Olhando o longe.

-Voce é patética Lilith.

-Que bom que vc acha Alluka. Como vai a vida?Matando muitas pessoas?

Ela me fitou com os olhos vermelhos.

-Vc já sabe quem eu quero matar.- De forma rapida os olhos dela voltaram novamente para verde e ela virou-se novamente para a janela.

-Estamos quase chegando minha linda filha.

-Vamos parar com essa melosidade ok? Eu não quero te ver nem pintada de ouro naquela porcaria de casa com aquela porcaria de gente. Aliás não aguento nem mais um dia!

-Sim. Apenas quero que volte novamente quando vc sabe o que acontecer.

-Ah,nem vem. Já sei quem terei que aguentar. Por que não me mostrou eles quando ele por exemplo nasceu? Eu adoraria matá-lo.-Alluka virou se para a janela e o onibus parou. Era hora de partimos.

-Agora é nossa deixa Alluka. -Sorri e nos aproximamos da mansão. Escoltadas por guardas, meros guardas e empregados nos deparamos com Silva o qual sorriu.

-Olá meu querido.- Disse e sorri tentando parecer mais com quem deveria.

-Olá Mirian. -Ele disse contente e engoli seco enquanto ele me abraçava e me beijava.Alluka soou com um simples 'eca' e todos a olharam.

-Ah! Então veja só. Vc que é a pequena Alluka que sua mãe tanto fala.Quanto tempo não lhe vejo.- O olhei tentando parecer para ele não contar a desculpa o qual arranjei para Alluka ficar lá.

Ela assenti um pouco estranha.

-Que legal. Venha conhecer seus novos irmãos. -Ele piscou muito carinhosamente.

E então ele apresentou todos presentes na sala como se fosse algo normal.

-Prazer. -Disse Alluka e eu percebia que ela se controlava para agir como uma criança normal.

De ali em diante eu não prestei atenção em mais nada do que os dois falavam. Ele tentava parecer normal ao ponto de vista de Alluka e esta também.

Tinha sido um encontro bem estranho, porém bem divertido.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Cap. 18: A verdade.




Fez-se um silencio morbido na pequena sala mal iluminada. Há alguns quilometros dali podia ouvir-se alguns carros na movimentada estrada. Olhei a mesa a minha frente e ri. Gargalhei enquanto fingia estar incomodada com as algemas.

-Digamos que fui chamado para lhe matar nesse exato momento.- Ele deu um sorrisinho, os cabelos caindo no ombro.

-Por quem?- Arqueei uma sombracelha e fitei seus olhos.

-Alguém.- Ele sabia se portar a minha frente, pois seus pensamentos estavam em algo como um texto escrito em aramaico e um hino em latim.

-Vejo que não pode me contar.- Abaixei a minha cabeça em forma de estar arrependida, o que eu não estava.

-Sim.-Ele disse e estalou cada dedo da mão, um de cada vez.- Alguma coisa para dizer?-Ele me perguntou. Concentrei-me.

-Nada além de que serei morta pela reencarnação do meu ex-amado.- Uma lágrima escapou inocentemente de meus olhos. Ele parou e analisou o que eu falei. Algo como uma mulher morrendo e dizendo algo apareceu em sua cabeça.

-Fale logo.- Ele pediu impaciente.

-Ele se chamava Rilian S. Sua origem ninguém conhece, ele me dizia que ia voltar para meus braços quando eu morri a séculos atrás.

-Como sabes disso?- Ele estendeu uma espada afim de atacar-me.

-Eu não morri totalmente. Eu posso viver várias vezes.

Ele deu uma gargalhada.

-Tenary era humana.

-E me transformei em uma vampira por causa de alguém que não me lembro. Eu me lembro de voce Rilian...-Comentei e ele pareceu não gostar do nome.

-Silva.- Ele disse rude.

-Eu não sabia que ia esquecer tão fácil de mim.- Soltei-me das algemas e andei ao seu encontro. Ele estava imóvel. Fingi cair e olhei seus olhos. Ele não parecia estar nem aí. Me acalmei, convencer ele seria um pouco dificil,principalmente por ele estar pensando em coisas muito diferentes de Tenary.

-Como se chamas de verdade?

-Eu não me lembro, porém me chamam de Mirian.- Aquele nome idiota poderia trazer alguma sorte, se esta tivesse sorte.

-Não me convence Mirian.- Ele estalou os dedos e uma espécie de raio passou por sua mão.

-Morrerei então por ti.- Disse e abaixei a cabeça, dessa vez o deixei sem jeito. Ele lembrou de algo não muito distante...

Uma mulher, ele iria matá-la, ela disse algo como nunca tinha se apaixonado e que não queria morrer assim. Ele não convencido aproximou dela e suas palavras soaram igualmente as minhas.

-Te...Mirian...-Ele parou com os raios e me abraçou. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos. Eu consegui tirar lágrimas daquele que todos pensaram nunca sair.

-Voce...Mirian...Eu...

-Shii!-Disse e lhe sorri em forma de agradecimento.

-Quer se...?-Eu já sabia o que ele iria dizer e sabia muito bem que mais uma vez Alluka não gostaria dessa ideia.

-Sim. Mas...Silva... Eu também trago uma filha.- Ele me fitou sem entender.

-Uma situação difícil de lembrar...Eu fui...-Fingi chorar para aquele ser desprovido de qualquer entendimento.

-Não fale Te...Mirian! Nossa filha ficará muito feliz em vê-la!-Ele alegrou-se e eu tentei tirar algo da sua cabeça, mas ele era diferente. Ele poderia estar falando de algo totalmente diferente do que ele estava pensando e essa coisa nem sequer passava em sua cabeça. Era difícil mentir ou tentar aproveitar de alguma lembrança com isso. Fitei-lhe e sorri.

-Trarei-a então.- Ele sorriu.

-O lugar de sempre.- Outro fator idiota foi concordar com ele. Eu sabia onde ele morava, porém não sabia como chegar neste. Por um momento lembranças partiram em minha cabeça e tudo se misturou...Sabrina, Alluka, Kurapika, Rilian, Kalleby e Mirian... E eu... O meu eu realmente.

Toquei em minha cabeça para distrair e pedi para ir buscar Alluka. Ele concordou e segui.

A chuva já cintilava na rua, usando de sua pureza para limpar todos aqueles desprovidos de alguma inocencia. A imagem real do pecado a manchar tudo aquilo que um dia eu fui. Eu era. Aquele ser lastimável a vagar na depressão, a amar sem perceber, a sofrer da mesma forma brilhando escaldante em meu corpo. Eu precisava me alimentar. Tudo que pensei ser eu caindo por terra sobrando apenas o fardo do erro.

-Veja quem encontro.- Alluka apareceu-me como sempre fazia e sorri por um segundo.

-Olá minha pequena.- Ela pareceu não gostar do adjetivo já que logo respondeu:

-Olha só, falou a grande.- Bufou.

-Como anda a vida desde...?

-Desde aquele dia que deixou-me com meu pai? Bem, ótimo para dizer a verdade. Sem uma mãe cujo qual é suja e sem ideias precisas e um pai desnaturado que pouco quer saber de mim. Ótimo, mas alguma pergunta?- Alluka deu um passo a frente.

-Apenas queria lhe informar que terá dessa forma uma nova família.- Sorri e Alluka paralisou. Eu sabia que ela odiava aquelas ideias absurdas e lia tudo que tinha acontecido e como ela tinha que se portar em minha mente.

-Voce...?-Alluka bufou.- Já devia saber.- Ela desapareceu.

Dei um sorriso. Um dos meus únicos verdadeiros com minha alma verdadeira já pecadora.

Alluka estava crescendo...E eu nem tinha percebido.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cap. 17: Depois de tudo ainda há uma surpresa.




Ouvi dizeres dos males que causei a muitos, ouvi dizeres de minha vida por toda a parte do mundo, consolos e tristezas, orações soberbas e até mesmo um pouco de piedade. Naquele dia sai em passos lentos de meu quarto enquanto o rei dormia evidentemente.


-Acordada rainha?- Kurapika estava parado na parede. Ele tinha chegado ali fazia apenas 2 segundos, antes não tinha visto este.


-Sim, Kurapika, alguma coisa contra? -Sorri e ele mexeu na boina que fazia seus olhos desaparecerem. Mexeu tão pouco, porém ainda assim quando abriu os olhos vi seus olhos escarlates intensificarem nos meus. Um sorriso nasceu em seus lábios.


-Sois muito pequeno para me intimidar meu pequeno.- Disse e surgi ao seu lado. Ele não parecia sentir nenhum problema com aquilo.


-Sei disso minha rainha. Meu pai esperou ser um general e ter meu destino traçado para fazer isso.- Um estalo me ocorreu. Eu conhecia ele há muito tempo atrás, tempo até demais para não esquecer. Ele não era um total Kuruta, era por isso que Sá falava em hierarquia. Eu me lembrei da briga que eu tive com Kuruta Ka. antes de dar o sangue dele para Alluka. Eu não sabia que este tinha deixado um filho digno de trazer problemas a mim.


Ele era esperto. Tinha substimado aquele que matei com suor. A esposa dele provavelmente deve ter se escondido para que eu não a procurasse e eu nem me liguei. Ele nasceu e Kuruta Ka. foi acusado de deixar a tribo. Kurapika teve que trabalhar desde cedo e, mesmo que Kuruta Ka. tivesse cometido aquele erro o resto da família não tinha nada haver e provavelmente como a mulher não pode trabalhar, Kurapika que teve que sustentar a família desde cedo. Era por isso que ele era tão cortes, como o pai, e esperto e inteligente com aquela idade mínima, ou será que ele tinha mais do que aparentava ter? Todo o meu pensamento durou apenas 2 segundos.


-Como está a sua mãe?- Perguntei e sorri. Ele apertou os punhos como que se para me matar- se fosse possível- ele fizesse em poucos segundos.


-Morreu logo após eu completar tres anos, já que vós matares aquele que fora o único digno de morrer pelo povo.


-Achava que tu também eras digno disso meu caro.- Sorri ambiciosamente. Não consegui me concentrar nos pensamentos dele que passavam como uma centelha de tubos.


-Sou digno de morrer por aquela que chamas de filha.- Ele sabia responder para um garotinho de 7anos de idade. Olhei seus olhos novamente brilhando com tamanha intensidade que cegavam.


-Creio que sim, o que fizeres ontem mostrou isso.- Ele pareceu não ter reação com o que tinha acontecido, algo como "eu sabia que estava me vigiando" rondou sua cabeça.


-Diga o que fazes aqui.- Ele disse.


-Primeiro voce.- Sorri. Ele apertou a boina na cabeça e pensou um pouco. Uma resposta tentava se formular em sua cabeça, porém era rápido demais para acompanhar sem estar concentrada.


-Acho que estares fugindo do que fará em breve, não é mesmo? -Sorri. Brincar com ele seria muito divertido.


-Isso mesmo meu querido. Alguém muito especial matará tudo o que está aqui.- Sorri.



-Eu sei, desde quando aparecestes ontem.- Ele me fitou, seus olhos vermelhos estavam me dando raiva, seria aquilo que estaria fazendo ele de alguma forma ler meus pensamentos.


-Não é difícil ler a mente de uma criminosa.-Ele sorriu e logo completou.- O que fazes aqui além disso?


Se eu quisesse o contaria, apenas fechei a minha mente e lhe fitei.


-Descubra meu querido.


-Não toque em Sá.


Ri com a ideia.


-Quem vai proibir? Voce? Ela é minha filha, eu falo com ela quando quiser e volto quando puder. Voce não pode fazer nada. Talvez eu volte daqui a algum tempo, por enquanto tenho que completar o que me fora pedido.


-Mentir não adiantará a mim minha rainha,mas fingirei que acredito. Estarei de olho no dia que vier.


-Claro, eu sei que estará. Seus olhos não mentem. -Ri e desapareci enquanto deixava aquela pobre mente fértil tentar colocar algo de útil na cabeça de Sá.


Ele parecia ter uma chance de ser da forma que eu não sou.


Olhei a frente.


Toquei meu pescoço enquanto sentia o cheiro do corpo de Kuruta Ka.


[...]


-Não sabe o que é morte por que nunca experimentares esta. Sabe que o que quero é te matar. -Toquei seu ombro.


-Dizes a verdade meu querido?


-Talvez.- Tenho um estalo e pulo para trás enquanto ele estende uma espada.- Terei certeza agora. -Sorri mais convencida e me aproximei tocando seu pescoço. Ele me puxou beijando o meu pescoço e rindo. Li quando ia enfiar a espada em mim e pulei.


-Terei que te matar, minha filha adorará provar seu sangue depois de nascer e matar todos da tribo que faz parte.


Ele riu antes de morrer.


O último suspiro da morte.


O destino infelizmente é traçado como quem tece um tapete, uma hora o fio vinho encontrará com o fio branco e preto. Tudo se misturar e no final poderá ser uma obra de arte ou apenas um garrancho a ser desfeito. Talvez vc precise desfazer e tecer mais de uma vez para ficar perfeito conforme a sua vontade.


Tudo depende de voce.


Lilith


sexta-feira, 25 de junho de 2010

cap. 16: Momentos em algum lugar.





Era outro dia como todos os outros que tive em minha vida, sendo que dessa vez eu tinha um almoço para cuidar e Sá para analisar.



Como mencionei Kurapika não confiava em mim e dessa forma andava atrás dela com um livro nas mãos, por um momento isso a fazia ficar tão feliz que não conseguia conversar com ela e saber o que tinha perdido.



-Senhorita Sabrina deixou cair no parque. -Kurapika mostrou um ursinho de pelúcia e eu sorri enquanto me aproximava deles.



-Kurapika, poderia escoltar Ryuusaki e a família até o nosso almoço?- Ele olhou Sá. Sabia que ele sentia algo por ela e não queria deixar ela comigo. Sorri por dentro.



Ele assentiu e saiu rapidamente. Sá sentou em uma cadeira e seus olhos brincavam na órbita. Minha mente lembrou-se das únicas vezes que tinha amado...



Kalleby...



Eu fui forçada a deixar aquele que mais amava e embora não quisesse isso para ninguém eu prefiri brincar com os sentimentos de Sá como Mirian fez com os sentimentos de Kalleby, como eu fiz com tantas pessoas que passaram pela minha vida...



Como eu fiz Alluka nascer...



-Mãe. Quem é ele?- Perguntou Sá se encolhendo e um garoto um pouco mais alto que ela com roupas cintilando e límpidas entrou. Seus cabelos eram castanhos e ele não parecia o tipo de criança que sorriria naquele momento. Eu sabia disso.



-Um grande amigo seu no futuro. -Pisquei e olhei o teto com uma pintura feita com pedaços de ouro. Nessa tinha um grande coração no centro dedicado pelo rei para mim.



Ryuusaki sentou ao lado de Sá e Kurapika ficou em pé embora Sá insiste com o olhar que ele sentasse ao seu lado. Ele retribuia o olhar com um não. Sá desviou o olhar para a comida e eu vi que sua mente viajava em um único dia...



Sá tinha dois anos aparentemente era o que ela parecia em idade e aliás o que o pai dela queria que todos acreditassem. Em idade humana ou como aqueles que não eram como a população Kuruta ela aparentava ter dois anos embora em idade normal ela tivesse 105 anos de vida. Aparentemente idade o suficiente para pensar em coisas que não fossem bonecas.



Seus olhos moveram-se ao encontro das de Kurapika e ela lembrou....



Ele estava lendo um livro e ela estava sem nada para fazer. Quando saiu do escorrega ela veio correndo até ele. Ele olhou ao longe e pulou em cima dela. Uma flecha passou rápido por eles e ela o olhou nos olhos. Os olhos brincando na órbita. Ele sorriu-lhe. Sabia que estavam sós era inevitável. Ninguém a seguia, confiavam plenamente em Kurapika.



Ele tentou mexer o braço, mas ele mesmo não queria sair dali. Ela tocou sua bochecha de forma carinhosa.



-Princesa...-Ele disse.



-Voce me salvou. -Ela disse e os olhares se encontraram. Ele provavelmente sabia o que ela queria dizer com aquilo. Ela fechou os olhos aos poucos e ele tocou em seus lábios puxando-a facilmente para cima. Nada muito ameaçador já que ele logo parou de beijá-la, seus lábios vermelhos e os dela também.



-Princesa eu...



-Eu te amo. -Ela disse e seus olhos se encontraram novamente. Ele parou a sua mão antes que algo demais pudesse acontecer. Ela continuou antes que ele viesse com a mesma ladainha de sempre.



-Eu sei sobre essa chatice de hierarquia e que meu papai pode ver, mas...-Ela olhou para os lados.- Tenho que ir.- Ela esfregou o rosto com um pouco de areia e ele limpou a boca com um pano. Nada mal para fingir os dois.



-Kurapika sente- se ao lado de Sabrina. -Aticei e ele engoliu seco.



-Desculpa minha rainha, mas não posso.- Ele disse e Ryuusaki chamou a atenção para si.



-Sá, vamos brincar?- Pareceu muito estranho por parte dele e ela sorriu, olhou para Kurapika e saiu correndo. Ryuusaki fez o mesmo quase a alcançando.



-Sente-se.- Pedi e ele pediu licença e sentou-se.



Não conseguia acreditar como um garoto cortês estava sendo criado de minha filha, não dava para acreditar muito, já que nem mesmo os filhos de generais ganham muita educação.São edicados para saber tudo sobre guerra e não a falar e ser cortes. Não saber desconfiar uma pessoa ou ler em outras línguas como ele fazia. Eu poderia sim ter planos para isso.



-Continue cuidado de minha filha em todos os lugares. Temo que algo possa acontecer com ela, estamos quase em perigo de guerra. - Ri por dentro ao pensar em tal coisa, já que quem iria fazer isso seria minha outra filha. Matar sua própria irmã, matar fruto do meu desejo, matar aquela que amou alguém e pode ficar com este não da mesma forma que eu.



-Minha rainha, estava fazendo isso há pouco tempo quando eles...



Ele mal falou e Ryuusaki adentrou o salão gritando com Sabrina no colo e uma flecha em seu ombro. Ela não estava morta, eu tinha certeza. Mas algo tinha feito e eu não sabia quem estava contra Sá fora Alluka.



Quase 20 empregados ajudaram em tudo e tiraram a flecha de Sá fazendo um pequeno curativo. Provavelmente diriam que Kurapika era o culpado já que eles mesmo não podiam e iam contra os reis. Provavelmente meu "marido" ia fazer algo contra aquilo tudo, mas no momento apenas aticei um pouco mais os últimos anos que eles ficariam juntos. Apenas observei tudo que poderia acontecer.



Sá acordou quase que quatro horas da manhã. Obviamente Kurapika estava dormindo. Ele dormia em uma cadeira de balanço que tinha no quarto de Sá com uma boina no rosto. A janela estava aberta e se prestasse bastante atenção estava fazendo frio. Como eu não sabia dizer se ele totalmente um Kuruta não sabia se ele estava sentindo frio ou apenas mentindo. Kurapika era misterioso ao meu ver e eu precisava saber mais sobre aquele ser insignificante.



Sá sorriu e tocou o ombro que acho que a encomodava um pouco. Kurapika acordou no susto e olhou Sá sentada na cama mexendo nos curativos.



-Hey, Ei, Princesa, não faça isso.- Ligeiro ele se aproximou dela e tirou os dedos dela do curativo. Lhe olhou nos olhos e abriu a gaveta dela tirando algo que não sei identificar o que era, parecia uma espécie de flor ou uma assa-peixe ou quem sabe um lírio, não consegui identificar. Ele pegou uma tigela e amaçou a flor jogando-a. Logo em seguida ele pegou uma jarra de água e jogou na tigela. Tirou do bolso um lenço de tecido e com a planta fez uma espécie de compressa Estranha.



Colocou no ombro dela com delicadeza e murmurou em tom baixo:



-Deveriam saber como se fazer algum curativo.- Ele enrolou logo após uma faixa no ombro dela e sorriu.



-Voce é muito atencioso.- Sassá disse olhando o ombro e após o menininho de sete anos.



-Obrigado.- Ele disse e fechou a janela.



-Que horas são?



-Quase amanhecendo. -Ele comenta.



-Desculpe ter te acordado... Vc quase não dorme e...



-Eu não tenho nenhum problema com não dormir.- Ele sorriu e levantou a alça de Sá voltando para o balanço.



-Kurapika.- Ela chamou e ele a olhou colocando a boina e abrindo o livro.



Sá levantou a coberta em forma de dizer para ele não ficar no frio daquela noite.



-Durma Sá.- Ele disse e voltou o olhar para o livro.



-Não.- Ele a olhou querendo saber o porquê- Não enquanto voce ficar aí no frio.- Ele respirou fundo e então fez uma proposta:



-Se eu ficar apenas cinco minutos voce dorme?- Ela assentiu com um sorriso estampado no rosto.



Ele aproximou-se fitando a porta e logo em seguida meteu-se nas cobertas.



-Por que tinha que ter hierarquia...-Comentou Sá. Kurapika olhou para baixo.



-Sá, não é apenas isso. Sei que me amas, mas o destino que meu pai decidiu seguir fez com que isso acontecesse. Voce sabe o que quero dizer.



Ela olhou para baixo.



-Eu poderia viver com voce se fosse isso.



-Sá, isso é apenas um amor de infancia. Voce gostará de outra pessoa e eu tbm e iremos para caminhos opostos.



Ela fitou seus olhos azuis.



-Promete nunca se esquecer de mim?



Ele demora um pouco para responder.



-Sim. Nunca esquecerei de voce.- Seus olhos fitaram o quarto. Ele sabia que logo viria o que os separaria e ele sabia que ele ia sofrer.



Ela apertou a mão dele. O tempo passaria e aquilo seria apagado, eles morreriam....



Morreriam como o meu amor morreu...



Morreriam como todos morreriam por amar como não amei...








Tudo é passageiro, e assim devem ser as pessoas.





domingo, 30 de maio de 2010

Cap. 15: Conversas.




-Mamãe?- Foi dessa forma que fui recebida por Sabrina naquela noite. Eu não sabia que ela acordava tão fácil e forcei um sorriso.

-Sim minha filha, vim te visitar. Sua mãe vive trabalhando muito.- Menti e sabia que ela ia acreditar embora não o garoto que despertara rápido.

-Bom-dia Senhorita. -Ele disse e assentiu apertando a mão no bolso que eu sabia conter uma adaga.

-Não sabeis quem eu sou meu jovem garoto? Sou mãe da garota que cuidas nesse exato momento.- Ele olhou para Sabrina um pouco confuso e ela sorriu concordando.

-É sim Kura. Minha mãe. Mãe esse é Kurapika.-Ela disse e se levantou da cama como sempre bem sorridente.

-Prazer meu caro jovem. Fazeis um ótimo trabalho.- Disse e ele nem por isso sorriu continuando com a mão pronta para atacar. Eu sabia que ele não acreditava em mim e ele fora o único que vira até aquele dia que fizera o certo.

-Não precisas ter medo. -Tentei começando a ter raiva por ele ainda não render-se.

-Não tenho medo. Apenas preciso estar apto, se vós minha rainha conseguires em seus passos perfeitos atravessar o castelo sem que eu nada assim perceba. Se vós conversares com Sassá e eu ainda assim não acordei é por que ainda não estou apto a proteger a vossa princesa. Preciso treinar.

-Descanse. Estares indo bem. -Disse e olhei o livro que ele lia. Ruínas antigas em aramaico. Nada mal, pensei comigo mesma.-ótimo livro.-Disse e sentei na cama de Sassá e esta fez o mesmo.

-O Kura estava lendo para mim sobre...qual era mesmo o nome da história?- Ela perguntou sorrindo.

Ele ainda não descansara a mão sobre o bolso.

-A lua da meia-noite.- Ele disse e logo completou.- Da forma com eles acreditavam e em aramaico.

-Muito bom, Minha filha, tenha uma boa noite de sono. De manhã irei tomar café com todos. Estares convidado para fazer parte da mesa amanhã de manhã.- Disse sabendo que Kurapika algumas vezes que comera na mesa fora porque Sassá convidara e não a rainha ou o rei.

-Obrigado Vossa majestade. Mas não sou de honra e amanhã estarei nos portões do castelo escoltando o vosso caro Ryuusaki até a vossa mesa de café da manhã.- Ele olhou para baixo.

-Entendo. Porém quando voltares, ainda está de pé.

-Por favor.- Disse Sá e olhou para Kurapika em tom de súplica. Kurapika fechou os olhos e ficou assim por algum tempo até Dizer:

-Vou ver.- Ele Abriu os olhos de novo, o tom vermelho ainda sumia. Eu sabia que ali tinha alguma coisa,porém prefiri não comentar. Talvez no café da manhã tudo viesse á tona.

-Tenho que ir. Nos vemos amanhã. Descanse Kurapika. O dia será longo amanhã.

-Não posso. Eu...-Eu sabia que ele ainda estava a continuar na ideia. Que interessante, além de trabalhar de manhã ele trabalhava a noite. Horário dobrado.

-Pode, ordens da rainha e voce sabe que essas voce não pode descontrariar.- Pisquei e Sassá sorriu.

-Sim vossa majestade.- Ele disse.

Mandei um beijo para Sassá e disse Adeus saindo do quarto de Sá.

O outro dia seria interessante....

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cap. 14: Uma leve lembrança...




Renegando cada passo que algum dia ei me de dar ,segui meu caminho a fazer coisas mais importantes e para muitos sem valor. Distanciei-me de tudo afim de achar aquele que todos mais temiam porém sempre lhe pediam favores. A liga.

Sendo respeitada por já ter vivido mais tempo até do que o vampiro mais velho que exista naquele clã e por já ter tido contato com deuses nada me poderia ser negado. Eu era mais poderosa e eles não podiam negar.

Logo após pedir meu favor sem que absolutamente ninguém comentasse isso com Alluka segui para a minha nova família que a tanto tempo não via. Para ver a minha filha que pelas mãos de sua própria irmã morreria. Apenas o destino tomando lados diferentes, apenas a alma engrandecendo-se do mais precioso sentimento humano irrenegável,o ódio.

Abri a porta do quarto de Sabrina. Ela estava dormindo e um garoto de aparencia de sete anos de idade estava com o livro no rosto dormindo ao seu lado. Nada aparentemente errado, embora eu visse que o tempo passava cada vez mais rápido e agora Sabrina estava com dois anos de vida...

Ela estava crescendo...

E logo eu viria o que estava prestes a acontecer.

Logo.

domingo, 16 de maio de 2010

Cap. 13: O começo de uma história. Drácula ou Alluka?




A alma pede para o coração reagir, o coração para a mente e a mente por sua vez não quer ficar com a culpa toda. O sol pede para a lua aparecer que ela o iluminará, mas duvido que sozinha a lua brilharia como nos últimos tempos.
A verdade é que seu brilho antes um pouco apagado ouviu a voz que o sol clamava como uma despedida sem lágrimas. E assim a lua deu o seu melhor.

Alluka seguiu comigo até a cidade. Ela achava que não, mas eu sabia o quanto ela se sentia naquele momento. Ainda tão nova e já era um ser brilhante, apenas recebendo a luz para brilhar. Estava insatisfeita com as coisas. Poderia dizer que eu era uma dessas, mas seu nome a atormentava.

Ela não queria acreditar que tinha recebido um nome que para ela era sem cor e sem sentido, apagado e sem chamas. A raiva tomava conta de seu ser.

O brilho escarlate de seus olhos ela já sabia controlar, a sua força ela já sabia controlar, um pouco de si ela ja tinha sobre controle. Ela estava cada vez mais forte.

Drácula já estava apto ára me ajudar e naquele dia Alluka se interessou por respostas, como por exemplo quem era o seu pai e entre outras absurdas.

-Quem é meu pai?- Ela perguntou fitando um ponto distante na rua, eu sabia que ela já tinha outras perguntas de acordo com quem eu respondesse.

-Que mesmo saber coisas que não ajudarão em nada para voce?- Perguntei com um sorriso no canto dos lábios, ela estava muito séria, como sempre, para brincar com qualquer coisa.

-Sim.- Ela respondeu rude.

-Acho que o Drácula- Disse como se fosse a coisa mais natural que exista.

-Voce diz como se fosse algo remoto. -Disse Alluka.

-Talvez.- Ralhei e então continuei- Sabe minha filha, eu posso quase nunca estar a presenciar sua força, mas não quer dizer que eu não sei de nada. Para mim as pessoas são remotas... E seu pai é uma delas.

Ela arqueou uma sombrancelha.

Eu sei o que ela estava pensando. Eu sabia o que ela ia fazer...

Ela se distanciou de mim e eu fingi nada saber.

Eu sabia, eu fui averiguar.

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Alluka achou a casa de seu pai. Seus olhos fumegavam de ódio e mistério. Sua vontade era naquele momento ver seu pai, por mais que esse não fosse o seu pai totalmente verdadeiro.

Para sua sorte seu pai não estava em um de seus melhores momentos o que trouxe um desconforto por parte de Alluka. Ela realmente estava um pouco confusa sobre o que fazer, seus pensamentos voavam. Ela precisava ser rápida.

Tinha cogitado em seu incosciente ataca-lo, mas a verdade é que ela prefiriu outra forma de provar que era igual a ele.

Alluka provou do sangue de uma das mulheres ali presentes, o sangue escorrendo por seus lábios. Não tinha lhe criado daquela forma, mas sabia que um dia ela acabaria se alimentando do corpo de alguém com toda a força que existia dentro de si. Naquele momento ela se alimentava do que restava daquela mulher, seus olhos escarlates.

Eu sabia que Drácula tinha percebido a minha presença ali, embora Alluka estivesse muito concentrada para perceber. Eu sabia que naquele momento tinha que continuar o meu plano.

Drácula tomou Alluka no colo. Esta já desmaiada. Era de se saber. Ele olhou-me e eu entrei pela janela. Ele sorriu enquanto colocava Alluka em uma cama com lençóis vermelhos, talvez dele próprio.

-Ora, Ora, quem diria, voce aqui?

-Vim averiguar se estás fazendo direito.- Bradei.

-Esqueceu que te percebi. Imagina...

-Eu sabia que isso ia acontecer.- Cortei-o.

-Sabia?- Ele arqueou uma sombrancelha.

-Sabia.

Ele tocou em meu rosto. Seus olhos a tentar me prender ali. Eu sabia que em duas horas Alluka estaria acordando. Sabia as coisas que ele ia contar e como ela ia reagir.

-Talvez se voce fizer o certo.- Disse e toquei o dedo em sua boca. Ele me puxou rapidamente prendendo a minha boca a sua. Desejoso. Afastei-me dele e ele tentou qualquer coisa que me deixasse ali.

-Cuide de nossa filha,querido.- Mandei um beijo para ele e segui para o resto de minha peça.

Apenas as marionetes. Voce só precisa mexer os pauzinhos e tudo se encaixa. Eu precisava ser rápida a conquistar toda a família idiota Zaoldyeck.

Alluka já tinha lido na minha mente a palavra Zaoldyeck, mas confundiu -se achando o próximo alvo meu. Já tinha lido o nome Mirian enquanto eu pensava em seu nome e eu tive que adotar esse nome idiota para tudo ficar nos eixos.

-Não vai ficar nem para um vinho?- Ele perguntou me alcançando.

-Alluka logo acordará e meu cheiro tem que sumir daqui.

-Ela nem perceberá. Sua aura está muito fraca para isso e o seu eu monstro está tomando conta de sua mente. Ela no momento está mais confusa.

Ri.

-Não substime Alluka meu querido. Tudo ela percebe. Foi treinada para isso.- Drácula puxou-me para perto de si.

-Sinto sua falta.

-Que pena.- Disse em um sussurro.

-Qual a razão disso tudo Lilith?- Ele perguntou em um sussurro.

-O bem de alluka- Disse como desculpa.

Segui a iluminar a vida de outras luas. Lua... Um nome profundo e sentido.

Poderia tudo acontecer dali a frente.

E uma delas era eu conseguir o que queria: Tudo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cap. 12: Céu ou inferno?




De uma pequena noite com o “MSSL” que já posso dizer ser massuqkily ou como preferem Kalleby a aquela desprezível situação. Uma barriga que crescia a cada minuto sem hora marcada. Tinha pensado em abortar, mas tinha melhores.

Tantos motivos para abortar, porém o que seria de meus planos?

Então dessa forma quis Alguém que pudesse ser o meu instrumento para quando eu quisesse uma arma mortífera pior do que bomba atômica, onde os seus atos inescrupulosos fossem o começo de uma nova era, a qual eu já preparava.

Sorri enquanto olhava aquela barriga pelo espelho. Já havia visto esta melhores e imaginava como aquele ser ia nascer. Um ser filho de uma succubu com um ‘anjo’ não daria um ser capaz de nascer como os humanos nascem.Ela não ia nascer como um ser qualquer nasce e, nem rasgando a minha barriga com os dentes. Seria de um modo calmo e perfeito, de atos simples e planejado. Sua vida era minha e eu o matava quando precisasse.

Dois dias já me mataram. Fiquei mais parecida com os medíocres dos meus pais e estava fraca. Aquele problema também se alimentava se alimentava de trevas e o meu estoque estava cada vez mais diminuindo.

Alegrei-me quando chegou de eu tirá-la de meu corpo. Seria fácil.

Fiz um pequeno corte no cantinho da minha cintura e puxei-a trazendo a vida. O sangue se espalhando pela minha mãe me deu raiva. A pequena criança tentava me morder enquanto eu me costurava. Apertei o seu braço com força e os pequenos dentes apareceram. Dei uma gargalhada e a segurei pelo pescoço.

- Alluka. A pequena das trevas.

Percebi que ela estava com fome já que seus atos medíocres de tentar me morder significavam um certo desconforto embebido em seus lábios já cheios de venenos. Como forma de marca fiz a agulha e sangue um pequeno risco em sua mão direita, como era criança aquilo logo sumiria em poucos segundos e ela nem saberia. Era um selo guardador.

- Não serás uma vampira sedenta e fraca, pequena Alluka. Não quero uma filha fraca e rendida. Serás muito diferente, já que grande parte de mim está em você.

Alluka pareceu entender já que de um breve sorriso. A prendi na cama e, como forma de autocontrole por base dela, pinguei três gotas de sangue humano e vampiro uns 2 metros de distância e fingi sair.

Alluka se debatia chorando. Queria por que queria. Ora, estava pior do que um medíocre morto de fome cuja sua vida é imprestável e não serve para nada.

E um pouco perdida em meus pensamentos e não percebi que Alluka conseguiu se soltar e estava naquele momento satisfeita de sangue com os olhos vermelhos.

- Quer mais sangue? – perguntei rindo e fiquei surpresa ao ouvir.

- Sim.

- Qual? – perguntei incentivando.

- Vampiro. – respondeu ela.

- Hum... bom! O nome da pessoa do sangue vampiro é Kuruta KA. – disse a ela e ela deu um breve sorriso.

Treinar. Era o que eu devia fazer com Alluka, minha primeira filha. Enquanto deixava Alluka no recinto precisava me repor, mas um pensamento me veio à tona e eu tinha que verificar.

Enquanto Alluka ficava forte o bastante para sair do recinto e caçar eu andava bem devagar.

Talvez deveria contar para o meu amado a filha linda que ele teve, talvez não. Ele poderia não gostar de saber que sua filha também tem uma parte de Drácula. Seria muito para ele, mas ainda assim segui para o cemitério afim de conversar com este.
Ao chegar ao pequeno recinto distante da cidade, a chuva já prevalecia. Com o guarda-chuva fechado, me aproximei do que precisava verificar e me ajoelhei em frente ao túmulo onde meu “Fal. Ang. Kal” residia a bastante tempo. E eu precisava encontrá-lo novamente. Não pude tê-lo na vida que queria e isso já tinha acontecido fazia mais de 1 milhão de anos. Ele estaria em algum lugar como eu, distante e frágil a procura de mim. Tanto tempo e eu ainda sentia dúvida de que ele poderia se lembrar de mim. Ele teria nascido de novo? Já teria morrido de novo? Já teria alguém para amar ou viveria a procura? Será que eu podia tê-lo perto de mim?

E pela primeira vez em toda a minha vida, vi aquela lágrima inútil de amor cair de meus olhos e molhar o caixão do meu amado Kal.

- Lutarei por você. Quero você perto de mim! Não deixarei ninguém nunca lhe tocar ou ferir como esses seres sem nenhuma droga de sentimento verdadeiro e amável. Você será meu e eu sua, e a eternidade será a nossa salvação. Se isso não acontecer... Lutarei para que aconteça da pior maneira e nenhuma famigerada te roubará de mim. Nunca.

Olhei o céu. Ainda chovia. Alluka estaria me esperando? Ou será que já teria desistido? Sem nenhuma esperança para a minha vida, segui sorrindo até o recinto onde Alluka estava.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cap. 11: Uma cantiga.


"Ouve tua voz e abranda teu coração.

Sua voz lhe guiará e seu coração permanecerá inquieto"











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-Lili, tens certeza que Mirian está bem?-Perguntou Kalleby.

-Acho que sim. Ela sempre fica bem.

-Eu queria ter essa força que Mirian tem, ficar feliz mesmo com tudo e não absorver o que os outros sentem no momento.

Fitei o céu.

-Vc pelo menos consegue sentir.


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-Lilith, Lilith, como estares?

Abri os olhos e vi uma garota de cabelos castanhos sorrir para mim.

-Quem é vc?- Perguntei em tom rude.

-Steli.- Ela disse em um sussurro.

-Onde estou? -Disse olhando o recinto.

-Um lugar especial que Traina alugou para vc.- Steli sorriu e saiu do quarto.

Fitei a parede já quase toda desgastada e logo após senti uma leve tontura e algo em minha barriga.

Olhei um quadro na parede bem simples e também com anjos. Quebrei-o ao meio com raiva jogando o pela janela.

"Vc tenta acreditar no nada.
Voce não sabe o que faz.
Uma leve cantiga de ninar
E Seus sonhos desaparecem

Vc tenta se livrar do passado.
Acreditar que é viva.
Morra bruxa má!
Suma!"






Algumas crianças na rua cantavam alguma canção idiota no meio do outono naquela cidade.Quando joguei o quadro pararam de vez e saíram andando. Era assim que eu preferiria ficar.

Pelo resto da vida...

Com o ser que já se encontrava em minha barriga...

domingo, 21 de março de 2010

Há uma lembrança a mais...




Abri meus olhos amargurados de tanta dor.

Estava terrivelmente perdida.

O corpo é algo tão frágil impossível não reter sentimento algum por este. Tão distante, porém ao mesmo tempo tão perto.

Fazei-me pois a lembrar que antes de conhecer Mirian havia eu tido uma grande jornada em minha rude vida.


Desde a morte subita de meus pais e irmãos a passar por outros reinos onde outros deuses habitavam.


Conclui que naquela situação precisava olhar para o rosto de Traina, uma antiga amiga capaz de me ajudar muito, já que ela era deusa Étoile, -estrela como alguns hão de dizer- Ela era responsável por tudo que os deuses faziam, se fosse algo inexplicável, mal e que afetasse seres indefesos como os seres humanos imediatamente esse eram rebaixados.


Que fraqueza minha pensar que ela podia um dia ser mais forte do que eu, não acreditava mais naquilo.


Hospedou-me em seu palácio e serviu-me com o seu melhor vinho e o seu melhor pão. Os deuses costumam comer isso quando algum ser abaixo deles hão de comer consigo. Porém Traina mandou que a serva trouxeste-lhe também uma taça de algo muito parecido com nozes.


-Que te trazes aqui?- Ela perguntou em um sorriso meigo, sorri.


-Saudades.


-Claro.- Ela parecia pensar. - Ainda estou decidindo alguns casos remetentes ao rebaixamento, tu espera-me para acompanhar-te?


-Claro.- Disse.


Traina seguiu para alguma outra sala e continuou a fazer seus deveres.

Como era horrível o vazio a estender-se pela sala incomensuravelmente grande.


Seu teto com detalhes furtivos talhados a ouro, a mesa feita das melhores madeiras encontradas no reino. As paredes pintadas perfeitamente como se aquelas figuras muito parecidas com anjos pulassem para a vida real.


Lembrei-me de Kalleby, e com esse mesma lembrança fiquei abismada. Nessa parede pintada escondido po alguns anjos mais belos estava Kalleby e Dalquiel bem perto de uma pilastra.


-Pronto. Linda a foto, não? Ganhei, os anjos de fato são muito bonitos.


concordei com a cabeça.


-Fales.- Ela me pediu e me serviu com vinho do qual bebi.


-Me dares permissão para ir para a terra?


Ela ficou abismada, mas logo se recompos.


-Desculpe Lilith, mas não posso fazer isso, para isso tu terias que deixar seus poderes comigo para quando voltares aqui pegá-los de novo e, creio eu, que não queres isso.


-Não. -respondi rude.


-Mas tens permissão para um lugar muito parecido com esse, belo como tal, além de que lembro-te que não precisarás dar seus poderes e lá vivem pessoas como vós.


Sorri e agradeci.


-Não há de que Lilith. Tens permissão.- E ela me deu um papel e eu me senti um pouco tonta e talvez fosse isso que me fez acordar onde queria....



No melhor lugar do mundo. O meu reino.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cap.7: A benção final.




Eis-me pois a estar pronta a vingar a morte de Kalleby o ser tão amado.

Dalquiel venho ao meu recinto com uma carta na mão, sentou- se pois numa cadeira e esperou enquanto eu ainda terminava de arrumar minha mala. Não parecia sofrer nenhuma mudança de comportamento e com isso nenhum desconforto por estar sentado na mesma posição fazia trinta minutos.

-O que fazes aqui?- Perguntei rígida e me reverenciei. Ele se levantou sério e estendeu a mão com a carta.

-Eu não deveria vir te visitar, mas descumprir uma regra de meu pai celestial e vim aqui lhe entregar a única coisa que Kalleby deixou. Como não quero que meu pai ache e queime vim te entregar .

Sorri sinicamente.

-Posso?

-Claro- Ele disse.

E abri a carta com cuidado enquanto ia lendo em minha mente o que estava escrito na carta.


"Venho por motivos convincentes escrever para a única pessoa que poderia entender o que está escrito aqui: Lilith.


Parte do princípio que sois Lilith, a quem tem a benção que recebi de se tornar a pessoa mais poderosa de toda a Terra.


Não venho redigir aqui algo que não tenho certeza ou dizer palavras profanas, e sim redigir em sangue o que de fato em breve acontecerá.


Há com isso a certeza com qual voce minha cara Lilith viverá, sabeis ao certo por que estou escrevendo isto. Mas ainda venho dessa forma esclarecer algumas coisas que provavelmente só voce saberás.


Fui eu que matei aquela que poderia chamar de mãe. A raiva aponderou-se de meu ser, talvez fora por isso que nunca fui considerado um anjo de verdade, anjos não devem sentir raiva, ódio, ciúme, apenas amor, a ordem natural das coisas. Eu sentia ódio de minha mãe ali a cuidar mais de meu irmão a mim. Porém um dia acordei e ela não estava mais em casa, talvez tivera morrido.Nunca soube.


Meu pai sempre soubera disso, talvez por isso sempre fora o excluído da família, aquela que nunca poderia ser nomeado ou se quer ganhar algum título nobre. Eu era forte, porém estava no lugar errado.


Sim, eu me juntei a Mirian por interesse. Ficando com ela poderia eu aperfeiçoar os 'poderes' que meu pai nunca deixaria eu aperfeiçoar e com isso me tornar forte e fugir com vós. Mas sabeis voce mesma que isso não pode acontecer. Kandra tinha a faca na mão e o plano na cabeça, bastava eu errar. Ela sempre estara do lado de meu pai.


Contudo morri, mas ainda assim deixei que vós ganhasse minha benção, estares protegida por um 'anjo' embora esse não seja mais.


E assim descanso sabendo que vós ainda consegues ler isso. Não chores ao lembrar de mim por que quando lembrar de voce eu lembrarei com um sorriso nos lábios. O meu amor por ti fora grande de mais para lágrimas aparecerem.


Kalleby.


Dalquiel assentiu.


-Partirás então?


-Sim.- Disse.


Ele se aproximou de mim bem devagar e me tocou, senti uma leveza.


-O que fizestes?- Perguntei.


-Uma coisa que aprendi, se não se incomodes. Que sua caminhada seja iluminada.


-A mesma vale para voce.- Disse-lhe e ele concordou.


Dalquiel saiu de meu recinto e eu queimei a carta enquanto saia com a minha mala a fim de pegar Kalleby onde eu tinha lhe deixado. Sai, pois, com ele. A prece sendo feita em minha cabeça.


(...) (...) (...) (...) (...)


E eu segui. Segui para enterrar Kalleby com o que sobrara do meu coração. Segui para ver se ainda sobrava algo a mais pelo que lutar. Vingança? Sim.


Sorri enquanto formulava na minha cabeça alguma coisa.


Meus olhos vermelhos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cap. 6 : Conduzire-me a nada, porém a dor continuará.



Profunda dor a estilhaçar meu ser,
seu corpo estupefato conduzido a nada,
sua vida um nó em minha frente.
Ele estava morto.

Kandra olhava Kalleby com um leve sorriso nos lábios. Pois bem, estava uma névoa fora do alçapão donde Kalleby fora brutalmente torturado. A sua marca já feita de fallen angel, seus olhos fechados. Já não estava mais naquele mundo.

-Bem, encerramos hoje o que já deveria ter feito.

Mirian não se encontrava no local. Poucas eram as pessoas a ver o corpo já imerso na desgraça. As lágrimas arrebatadoras tentavam mostrar fraqueza ao ver aquela cena. Poderia eu, te-lo novamente? Sua drástica vida sendo sumida a segundos.

Eu vi Dalquiel olhando aquela cena horrível. Eu vi Dianely mais pálida que um vampiro a olhar Kalleby. Ninguém conseguia aguentar aquela cena de boca fechada. Exceto Kandra a sorrir vendo aquilo. Kandra me dava nojo, embora admiração pelas suas ações.

Acho que deixarei todos aqui um pouco, vem Dianely? -Disse Kandra e olhou para Dianely.

Dianely estava quase moça, em pensar que tanto tempo já havia passado e eu tivera Kalleby perdido. O tempo não parou na vez que mais precisei.

-Nao, vou ficar mais um pouco. -Disse Dianely e Kandra saiu do recinto. Uma lágrima boba ousou sair de meus olhos.

Me aproximei de meu amado. As únicas vezes que eu choraria na minha vida seria por ele -e foi por ele- e agora ele estava morto, preso na imperfeição que deixastes em Mirian. Tudo acabado a vida sem valia.

-Tudo bem Lilith? -Perguntou Dalquiel vindo ao meu encontro abraçado a Dianely, fora uma surpresa saber que havia mais gente naquele patamar de errar.

-Sim.-Disse e encarei os dois. Dianely olhou para baixo.

-Vejo que há pessoas há errar tbm.- Dalquiel e Dianely perceberam do que eu dizia- que patético- e soltaram as mãos.

-Ah...não. é...-Tentou Dianely.

-Não se preocupes, como guardastes meus erros, guardarei de vós.

-Sois boas Lilith.-Disse Dianely.

-Cansei-me de ganhar esse adjetivo.

-Acho melhor descansares. Há muito a aguentar quando souberes o que está por vir.

-O que está?- Perguntei interessada.

-Estão dizendo que está para ocorrer uma guerra, que acabará com nossa morada.- Disse Dianely enquanto olhava para os lados.

-Prepare-se. -Disse Dalquiel.

-Sim.-Disse e logo completei.- Vós estares preparado a ver sua amada morta ou morrer por ela? -Sorri e me distanciei deixando a pergunta furtiva rolar pela mente dos dois. Poderia ter dado uma ajuda a resposta que faltava, mas não estava afim de saber, só os dois poderiam decidir isso, como eu e Kalleby haviamos decidido.

Pensei em visitar Mirian, porém teria que aguentar seu marido me cantando.Porém tinha que saber das novidades antes de tomar minhas decisões.

Segui para a casa de Mirian.

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Mirian estava tão triste e desanimada com o casamento que me dava pena. Tinha uma pequena marca roxa nos olhos, provavelmente um ringue com o marido, mestre como tinha que chama-lo naquela dinastia.

-Oi Lilith!- Disse Mirian mudando um pouco o humor enquanto me abraçava. Em pensar que sua barriga estaria pequena, não, estava em tamanho que já era impossível ver. Como será que ela conseguiu tampar aquilo? Muita transformação?

-Olá.-Disse e me reverenciei ao 'mestre' babaca.

-Vós sois bem vinda minha cara. -Ele disse e Mirian ficou mais séria.

-Obrigada. -Disse e lhe sorri enquanto me sentava ao lado de Mirian.

-Queres um pouco de vinho? -ofereceu.

-Obrigada. -Disse. Mestre saiu deixando-me a sós com Mirian.

-Minha vida está uma droga aqui. Eu quero ver como Kalleby está.-Ela disse como se fosse uma criança mimada.

-Sabeis que ele está morto.- Mirian abriu os olhos e por um minuto ficou pálida, seus olhos opacos,ela parecia desmaiar. Logo então uma lágrima saiu de seus olhos e ela me abraçou. Sabia por que me abraçava e o que ela iria me pedir seria um tedio.

-Lili, pode por favor de...

-Vou tentar. -Disse no maior tedio. Mirian me sorriu com ternura.

-Terás apenas trinta minutos para tudo, ires e voltares. Não conseguirei por mais tempo.- Sorri e ela sorriu também.

-Sim, obrigada.- Ela saiu correndo. Distrair um chato. Babaca. Não seria dificil para mim, embora do jeito que seria Mirian nunca imaginaria. Segui para onde ele estava.

Ele me olhou procurando saber do que se tratava.

-Onde está Mirian?- Ele perguntou nervoso.

-Fiz ela dormir na mesa, que tal aproveitarmos o soninho básico dela? -Beijei- o e ele aceitou o beijo puxando me com força enquanto já andava rápido comigo até a cama.

Que patético.

Agarrou-me furtivamente arrancando com força a roupa de meu corpo. Qualquer um saberia o tipo de homem que ele era, provavelmente Kandra tinha pedido para ele ficar com Mirian a base do sexo.

Segurei seu cabelo enquanto amarrava uma de suas mãos. Soltei-me dele e ele tentou com as pernas me derrubar para me beijar. Cai nele. Ele me beijou.

Não sei quantos truques babacas tive que usar para passar trinta minutos e então após isso em trinta minutos cornometrados arrumei-me, ele também e Mirian tinha acabado de chegar andando, pois para onde estávamos.

-Obrigado pela sua visita Lilith. -Ele disse com um sorriso bobo no rosto. Não retribui, apenas olhei para Mirian e ela agradeceu com o olhar.

-Até mais. -Disse enquanto seguia para meus aposentos. Teria uma vida inteira para pensar, uma vida inteira para mudar, para esquecer Kalleby e o que todos chamavam de coração.

Uma vida inteira para planejar...


Cap.5 O último dia de vida.






-Acreditas que terei coragem de fazer tamanha destreza sem pirar ao ve-lo de forma arrebatadora?- Impliquei e Kalleby fitou o chão.

-Não acho que Kandra deixará Mirian fazer isso, se vc puder estarei esperando que meu corpo descanse.
Araiva tentou se aponderar de mim. Eu odiava Mirian e aquele bebe idiota a acabar com minha vida. Eu odiava Kandra mais do que tudo,seu jeito sério de agir e de ser fria a ponto de matar Kalleby. Se eu ainda sobrevivesse ela seria a primiera quemorreria por minhas mãos naquele lugar.

-Lili, sabeis que amo voce e Mirian, porém vós eu amo muito.
Kalleby fitou-me carinhosamente.

-Procuras abrigo onde sabeis que nao pode.- Murmurei e ele sorriu aproximando- se de mim e murmurando em meu ouvido.

-Sou um pouco vivido a destruir regras.

-Eu sei. -Disse tentando nao me render. Não daria em boa coisa naquele dia, o fetodesenvolveria por si próprio a camada a lhe cobrir em uma semana e em tempo indeterminado poderia nascer. Claro, se desse em algo.

-Não conseguirás por muito tempo. Sabeis que lhe amo e também anseias por isso.

Kalleby estava a alguns cm de mim, conseguia ouvir asua respiração profunda e encarar seus belos olhos.

-Seus olhos nãome ajudam a desistir da sede.

Ele riu vitorioso.

-Daria eles pelo teu amor.

O desejo mai forte. Eu o amava mais do que tudo e não queria sofrer mais ao saber que nunca lhe tive. Beijei- o e ele agarrou minha cintura puxando- me a ele. Soltamos-nos e ele tirou a camisa, seu peitoral nu em explendor, Kalleby era perfeito. Ele tirou o meu vestido beijando meu pescoço, deitando comigo. Passei a mão pelos seus cabelos e ele se soltou. Sentei-me em sua cintura e apertei os lábios correndo até o lagosinho a frente, ele se aproximou rapidamente. Entrei na lagoa e ele tirou a calça fazendo o mesmo.

-Amo-te profundamente. -Ele disse.

-Amo-te com minhas últimas forças desde tudo e sempre.

Ele me puxou para perto dele beijando-me do pescoço a cintura, afundando. Ri com a sensação de cóssegas. Mergulhei ao seu encontro.

Ali mergulhados ele desabotou o meu espartilho e junto o sutiã. Levantamos, a água batendo um pouco acima dos ombros.

-Perder-me irei em vós- Disse Kalleby enquanto enlaçava-me a ele.

-Conduzirei-te a perdição.

E nos amamos. A vida sem sentido, sem horas. Meu corpo ao do Kalleby, na mesma sintonia. O desejo em nossas vozes aclamando por mais tempo. Nossa perdição instantanea no carinho, na atração. E enfim nós em perfeito amor fora da lagoa. Já não éramos mais duas pessoas e sim umasó a esperar pela eternidade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cap. 4 Revelações.






Estava eu andando então pelas ruas vazias. Vi as casas com o símbolo da dinastia dos deuses, além do deslumbre sangue jorrado na porta de cada um dali presente. Era estranho o costume de adoração aos deuses.

Ouvi enquanto estava por ali que esse costume era para os deuses passarem e lembrarem deles, porém não era só esse tipo de costume que deslumbraria até a memória do ser mais terrível existente.

As janelas e portas deviam ficar fechadas quando os deuses comemoravam algo e quando outros passavam, o ar dos deuses não podia ser ‘contaminado’ pelo deles. Cada casa quem estivera nela devia beber da água que lhe cabia até a festa acabar. Ninguém podia perambular pelas ruas, pois era só os deuses que passavam por esta. Eu tive pena daqueles seres.

Eu não estava apta para questionar tal rudez, meus olhos fitavam o horizonte enquanto eu ia mais uma vez encontrar-me com Kalleby. Ele pedira para encontrar comigo na lagoa perto de um campo de trigo.

-Sabes então o que irá acontecer? –Ele perguntou fitando a lagoa, deslumbre brilho emanava de seu ser, sentia eu naquele estante a tristeza solicita e amarga vibrando envolvente nos ombros de Kalleby.

-Sei, Mirian já me contara.

-Sabes também o erro que cometi? Não sou um anjo a quem devo ser solicito, serei apagado das lembranças da dinastia, breve. A idéia perambula em minha mente como estacas a serem enfiadas em minha alma. Logo descobrirão.

-Eu sei, porém Mirian te ama e quer viver com vc.

-Eu também a amo, mas serei punido por isso. Logo o ser existente de nosso amor aparecerá e eu serei punido. Kandra já deve saber.

-Se a amas...

-Eu a amo...

O silencio pairou sobre nossa conversa vazia. Deslumbre conversa sem sentido, porém nostálgica.

-Dalquiel disse- me solicitamente que Kandra virá em minha busca amanhã. Para Mirian ela viria ontem, ela não tem noticias de mim desde ontem.

-Sim.-Disse olhando a relva vazia.

-Ele também está descumprindo algumas regras, posso assim dizer, mas não fora tão grave quanto a minha.

-Te culpas demais. –Disse tocando- lhe, ele me fitou como se fosse a última vez que faria isso.

-Posso lhe pedir um favor?- Ele perguntou, os olhos opacos tentando engolir o que diria a mim.

-Sim. –Disse apertando os lábios. Eu já sabia.

-Roubarás o meu corpo e enterrarás. Quero poder viver novamente.

-Estarei aguardando eternamente para isso.- Uma lágrima estúpida tentou sair de meus olhos limpei-a.

Ele me fitou.





continua no cap. 5

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